No dia 19 de outubro, Pedro Mexia juntou-se ao É Desta Que Leio Isto e escolheu para a conversa no clube de leitura o livro “A Terra Devastada”, de T. S. Eliot, Prémio Nobel da Literatura em 1948.

Nascido em 1888, em Saint-Louis, Missouri, nos EUA, T. S. Eliot foi criado em casa rica e de ambiente culto. Formou-se em Harvard, em filosofia, e prosseguiu estudos superiores em Paris, Oxford, e na Alemanha. Acabou por fazer vida em Londres, onde chegou a ser bancário antes de ingressar numa editora britânica.

Apesar de se ter estreado na poesia em 1915, na revista Poetry de Chicago, foi apenas em 1922 que surgiu o poema que esteve em discussão no clube. E se Jorge de Sena considerou T. S. Eliot “um dos maiores e sem dúvida um dos mais influentes dos poetas e críticos modernos”, The Waste Land — “A Terra Devastada”, na tradução em português —, é considerado um dos mais belos e mais importantes poemas do Modernismo.

Dividido em cinco partes, que não obedecem a uma sequência lógica, estende-se por 433 versos. E é com a justaposição de símbolos, imagens, ritmos, citações e sequências temporais, que o poema ganha dimensão épica e reforça a coerência artística do autor.