Aconselhar vinhos é sempre um risco. Tem a ver com gostos ou perfis vínicos pessoais, com o pairing, etc. São muitas as condicionantes para o fazer. E há até a questão financeira, por muito que o enófilo idealize com o seu vinho de sonho.

Se perguntarem aos mais rodados neste estilo de vida, muitos dirão que abrir um icónico Barca Velha, Pêra-Manca ou um Vale Meão, é o desejo maior de um enófilo. Boa parte, no entanto, nunca chega a ter essa oportunidade, face aos muitos euros que precisaria de investir numa única garrafa, por vezes acima dos 500 euros. Outros, contudo, sabem que sem gastar muito é possível celebrar com bons vinhos capazes de surpreender o palato.

E é isso que pretendemos aqui: elaborar uma lista de alguns inacreditáveis, que estão ao alcance de praticamente todos os apaixonados pela bebida de Baco. E que, sobretudo, poderá não conhecer. É que há grandes vinhos que não se mostram. E não é por falta de qualidade, às vezes é simplesmente uma escolha do produtor, outras são questões financeiras que não permitem a quem os faz divulgá-los. Assim, estes são os nossos 24 escolhidos. Poderiam ser outros, mas são estes. Também, certamente, não os encontrará em todas as prateleiras de supermercado ou garrafeiras. Mas visite as quintas, contacte os produtores e delicie-se com estas sugestões.

Eis a lista de 24 vinhos inesquecíveis que devia (deve) ter bebido em 2022:

— Branco —

Melanina Branco, 2019

Um blend de vinhas velhas, com destaque para a predominância de Donzelinho e Gouveio, e ainda uma parcela de Arinto de vinha nova. Um vinho que fermentou em barricas usadas e ainda em cubas, regressou às barricas e passou também por cubas de cimento e ânforas. Cor amarelo palha, pesado. Barril levemente no nariz. Na boca é onde se revela. A acidez é o valor agregado neste vinho. Seco, com acidez imensurável. Há notas de folha seca, chá e notas vegetais. De corpo médio e final longo, é um vinho diferente e desconcertante. É o vinho que João Pires, o produtor, um dia, prometeu a Maria de Fátima. E se ele é Bardino [o tinto do produtor], ela é Melanina. Um vinho que cai muito bem com saladas ou com aperitivos.

Carlotas Reserva Branco, 2021

À beira mar, perto da Lourinhã, está este projeto de um antigo psicólogo que se rendeu ao mundo dos vinhos. Este, o Reserva Branco, foi feito de uvas desengaçadas, esmagadas e prensadas, que fermentaram em inox, durante 15 dias, antes de um estádio de cinco meses em carvalho francês. Super fresco, com uma acidez bem integrada e mineralidade única. Um aroma muito complexo, com notas de fruta tropical, floral e frutos secos, na boca sente-se uma acidez viva, muita frescura e muita mineralidade. Acompanha bem um peixe seco grelhado ou no forno.

Malvarinto de Janas, 2019

Um vinho ímpar. Produzido na região de Colares, onde a altitude e a proximidade do mar lhe dão condições únicas de temperatura e humidade. Este Malvarinto, de uvas vindimadas manualmente, em baldes de 20kg, descansa seis meses em barricas de carvalho americano e 20 meses em garrafa, antes de nos proporcionar uma experiência fantástica. Muita complexidade aromática no nariz, desde notas de citrino, ananás ou côco. Na boca é muito untuoso e tem um final salino longo. O produtor aconselha-nos um arroz de marisco para pairing, mas arrisque também um polvo à lagareiro.

Malvasia, 2018

Frescura, complexidade, aromas a explodir. É este o perfil dos vinhos de casta Malvasia de Colares. Antes do néctar, porém, as uvas são vindimadas à mão, mas mais tarde que o habitual, para permitir todo o desenvolvimento da componente aromática intensa da casta. Há um desengace e esmagamento dos cachos, sendo depois realizada uma prensagem direta. 22 dias com uma ligeira bâtonnage e depois um estágio durante oito meses em barricas de carvalho e 20 meses em garrafa. Apresenta finalmente o tal perfil muito frutado, com algum complexo de intensidade mediana, persistente e um final médio. Experimente com massas ou peixes magros.

Casa de Paços, Arinto, 2021

Da região do vinho verde, um monocasta Arinto de mais um projeto familiar. Este com a particularidade de recuperar técnicas ancestrais, com um estágio muito prolongado em borras finas. Parte do lote fermentou em curtimenta e a outra em inox. Isto garante ao vinho um aroma complexo, com flores e citrinos à mistura. Na boca, os mesmos citrinos marcam presença e ainda biscoito e a baunilha da barrica. É daqueles que pode beber já, mas que com guarda (até de muitos anos) revela terciários que também darão encanto a este magnífico vinho. Acompanha pratos de marisco, peixe ou mesmo aperitivos.

Dona Fátima Jampal, 2020

É um vinho único, literalmente, pois não há outro, certificado, feito exclusivamente de Jampal, uma casta quase extinta. É produzido desde 2007, em Cheleiros, altura em que foram descobertas 200 cepas, junto ao Rio Lizandro, ganhando uma influência de fósseis que outrora vieram do mar. Graças também à proximidade ao Atlântico, é um vinho muito mineral de nariz, onde persistem alperces e limas. Na boca é gordo, com uma acidez equilibrada e muito aromática. Final longo. Tem todos os predicados para envelhecer bem. Acompanha bem pratos de peixe encorpados ou queijos.

Edmun do Val, Alvarinho Reserva, 2008

É um vinho raro, com uma produção de apenas 1000 litros, mas uma descoberta daquelas! Uvas colhidas à mão, com um estágio em borras finas e bâtonnage periódica durante 8-10 meses, seguem-se outros 8-10 meses de estágio em garrafa. Apesar da sua idade (14 anos), mantém toda a sua complexidade. É um vinho branco frutado, com notas de frutas brancas tropicais, como abacaxi e maracujá e bastante mineral. Na boca é seco, de médio para encorpado, persistente, com o álcool equilibrado e boa acidez. Não é um verde convencional, tem um sabor marcante e alguma salinidade, que o deixa com mais estrutura. Experimente com um prato de caça, a acidez do vinho ficará mais viva e o sabor menos mineral e mais frutado.

Fragmentado, Blend I, 2020

Um projeto de Luís Leocádio, o Titan of Douro. Este branco, o fragmentado Blend I, é um vinho de outro mundo. Não é para todas as carteiras, mas é daqueles que qualquer enófilo deve degustar um dia. De vinhas velhas, lote de barricas de anos diferentes: 2015, 2016, 2017 e 2018. As uvas, depois de apanhadas manualmente na vinha do Vale dos Mil, foram desengaçadas, esmagadas e maceradas durante 48h. Seguiram para barricas de carvalho francês onde fermentaram e estagiaram por um período médio de 4 anos. Irregulares, dispersos e variáveis são os fragmentos dos solos graníticos no terroir deste duriense. A eles juntaram-se os restantes fragmentos que trazem para um vinho uma harmonia inabalável e identidade inquestionável: a altitude, a personalidade de cada uma das castas misturadas e plantadas há mais de um século. Vinho de cor palha intenso. Aromas de panificação, mel, toranja, flores brancas e pedra molhada. Na boca é um vinho cheio de camadas, muito volumosos e com energia, dada a sua persistente frescura. Um prazer com um peixe no forno.

Raríssimo, Branco, 2015

Raríssimo by Osvaldo Amado. Este é o projeto de, como o nome indica, Osvaldo Amado, conhecido como o Sr. Arinto, que faz vinhos há mais de 30 anos e é um dos enólogos portugueses mais reconhecidos internacionalmente. Este, o branco, é um vinho único, uma poesia à bebida de Baco. As uvas foram totalmente desengaçadas e depois alvo de uma maceração pelicular pré-fermentativa de 4 horas. Metade do mosto fermentou em inox, 25% em barrica nova e 25% em barrica de segundo ano. O vinho estagiou ao longo de 6 meses em barricas de carvalho francês. Cheio de aromas a fruta e especiarias, na boca sentem-se os mesmos sabores, aliados à baunilha da tosta da barrica. É um vinho cheio de garra no palato, muito complexo e com um final longo e fantástico. É um hino ao vinho, este bairradino. Acompanha bem peixe e carnes na grelha.

Monte Bluna, Reserva Branco, 2020

Se há região dinâmica em Portugal nos últimos anos, em matéria de vinhos, é a de Lisboa. Novos projetos e novos vinhos, sendo um um desses este Monte Bluna, um DOC Arruda que não surgia há vários anos. Trata-se de um branco, um blend de Arinto e Vital, uma casta em desuso nesta região. As uvas foram vindimadas no mesmo dia, manualmente, fermentadas em conjunto, à temperatura ambiente. Metade do já Arinto e Vital terminou a fermentação em casco e a outra metade migrou para os cascos após a fermentação. Foram usados cascos de carvalho francês, num estágio de nove meses, até ao engarrafamento. De cor amarelo palha, aromas a ameixa branca e citrinos, na boca tem madeira bem integrada a trazer especiarias doces, frutos secos e brioche, tudo assente em fundo de pedra calcária a perdurar na memória. Na boca é elegante, primoroso no equilíbrio, entre a generosidade do corpo, pleno de substância, e a vibrante frescura. O final é admirável na sua extensão e envolvência. Acompanhe, por exemplo, com um risotto de cogumelos ou arroz de camarão.

Dona Sancha, Encruzado, 2020

O projeto Quinta Dona Sancha nasceu apenas em 2018, lançou a primeira edição no ano seguinte e é mais um projeto que promete surpreender. Este Encruzado será, certamente, uma estrela do Dão. É a casta típica desta região, mas, curiosamente, os enólogos são Paulo Nunes e Mafalda Perdigão discordam da aposta quase exclusiva nas denominadas castas rainha do Dão, como esta. Este vinho fermentou em cubas de carvalho, sendo depois transferido para barricas de carvalho francês, durante seis meses, onde esteve em contacto com borras finas, envelhecendo depois na garrafa por 12 meses. Cor limão, no nariz nota-se bem a madeira e um perfil tropical. No palato a acidez é extraordinária, com notas florais e mel. Tem um final delicioso e longo. Experimente com um robalo ou tamboril.

— Tinto —

Casal Monteiro – Grande Reserva Tinto, 2018

Uma mistura madura de Touriga Nacional, Merlot e Syrah, com as três castas a serem colhidas e vinificadas separadamente, o que garantiu ao vinho as qualidades individuais de cada monocasta. Juntaram-se depois em carvalho francês, onde envelheceram durante 16 meses. Com um caráter de nariz muito perfumado a frutas vermelhas, tem um equilíbrio fantástico na boca, muito por culpa da sua excelente acidez suculenta. Final longo e muito complexo. Tem uma guarda ótima, para provar daqui a uns anos. Pode ser a companhia perfeita para carnes vermelhas ou queijos fortes.

Espera, Castelão, 2021

Espera Wines é um pequeno projeto familiar na zona de Alcobaça, onde o enólogo Rodrigo Martins aposta em vinhos naturais de pouca intervenção. Este, o Castelão, envelhecido em barricas usadas francesas, obedece às regras dos monges de cister, que produziam vinho na abadia local. Um vinho feito sem régua e esquadro, mas que satisfaz qualquer enófilo. De grande frescura, elegância e taninos vincados, onde os frutos vermelhos mostram força num longo final. Se espera um “vinho de piscina”, engana-se. Encante-se à mesa com uns assados ou mesmo caça.

Quinta da Ribeirinha – Pinot Noir, 2020

De solos argilo-calcários, com clima mediterrâneo seco e boa exposição solar vem este delicioso Pinot Noir de pouca intervenção. Com aromas a pequenas bagas vermelhas, na boca é super elegante, apresenta uma excelente frescura, uma acidez bem calibrada e taninos vivos. Termina também muito fresco, cheio de harmonia e equilíbrio. Uma casta francesa, mas plantada em Santarém, que acompanha generosamente um risotto de cogumelos, uma perna de pato ou queijos de pasta mole (tipo de azeitão ou brie).

Poço do Lobo, Reserva Tinto, 2015

Da grande casa Caves de São João, na Bairrada, vêm sempre grandes vinhos. Este, o Poço do Lobo, de uma quinta comprada na década de 70, é mais um sinónimo de sucesso. A casa recomenda entre 10 a 15 anos de guarda, mas há ícones da década de 90 que são um deleite para os enófilos que procuram este estilo de vinho. Cor rubi profunda. Aroma complexo, com notas dominantes de frutos vermelhos e negros, mas também notas da barrica onde estagiou e um leve vegetal. É denso, estruturado e fresco. Taninos saborosos e boa persistência. Acompanhe com carnes vermelhas assadas ou grelhadas, queijos de pasta mole, enchidos e caça, entre outras iguarias.

Selão, Reserva Tinto, 2014

Foi a segunda colheita desta herdade, no concelho de Beja. Este Selão, de 2014, de Aragonês, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouchet e Syrah é uma delícia para quem ama vinho. Cor rubi carregada, no nariz é cheio de fruta negra e alguma compota. Tem um equilíbrio perfeito entre nariz e boca, com notas de chocolate e fruta negra muito madura. Depois, e apenas no palato, é bastante encorpado e muito estruturado, mas ao mesmo tempo suave e aveludado, com uma excelente acidez. É um vinho que impressiona, que cativa e que nos faz querer beber sempre mais um copo. Foram apenas produzidas 10000 garrafas. A provar, por exemplo, com um cabrito no forno.

NúIIIero Primo, Reserva Tinto, 2018

Mais um projeto familiar, este de três primos, que prometem fazer muitas coisas diferentes no Douro, concretamente no Cima Corgo, onde lutam contra diferentes altitudes e exposições solares. Este Reserva tinto casou com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca, que fermentaram em lagar tradicional de pedra e em inox, seguindo-se um estágio de 26 meses em barricas de carvalho francês. De cor rubi carregada, no nariz domina a barrica, a fruta negra madura e flores. No palato é muito guloso, com madeira também, mas onde se percebe melhor a combinação entre a acidez e a fruta. Tem um final de boca muito persistente e uma guarda aconselhada, até para que não se note demasiado a madeira, como agora. A degustar com pratos de carne vermelha e tábuas de queijo

Terra de Silgueiros, Tinto, 2002

Não se assuste. Sim, é um vinho com 20 anos, mas não é vinagre. De Silgueiros, o berço do vinho do Dão, surge este fantástico vinho. Sim, ainda é fantástico. Já com alguns terciários, obviamente, mas um requinte para qualquer enófilo. Este vinho foi obtido a partir das castas recomendadas do Dão, Touriga-Nacional, Alfrocheiro, Tinta-Roriz e Jaen. É um vinho de cor rubi, de aroma a fruto. Com alguma evolução e notas de resina. Na boca apresenta-se macio, com taninos redondos e uma boa acidez, o que lhe confere um final equilibrado. Mais uma vez, não olhe apenas para o rótulo e para o ano, confie, não se irá desiludir. Experimente com umas tábuas de queijos.

Pinhal da Torre, Touriga Nacional, 2008

Para os que não sabem, os vinhos Pinhal da Torre, do Tejo, são dos poucos presentes na grande maioria dos restaurante com estrela Michelin além fronteiras, o que por si só é um selo de qualidade. E qualidade é o que não falta a este Touriga Nacional, de 2008, de uma quinta que só lança os vinhos no mercado quando acredita que este está no ponto. Elaborado com uvas provenientes de solos maioritariamente arenosos e argilosos, este Pinhal da Torre The Touriga Nacional foi produzido pelo processo tradicional de curtimenta, com ligeira maceração, tendo estagiado em barricas de carvalho francês, e não foi filtrado. Apresenta cor granada. No nariz mostra notas de compota de frutos silvestres maduros, mel e caramelo. Na boca revela sabor e taninos suaves e equilíbrio perfeito entre álcool e acidez. Tem um final médio, mas cheio de elegância. Acompanha bem com carnes vermelhas grelhadas.

Massimo Imperador, Syrah, 2019

Do Oeste chega esta Syrah, entre Torres Vedras e Alenquer. Um monocasta fantástico, cheio de futuro (leia-se guarda). Com um processo de vinificação de desengace total seguido de esmagamento, maceração pré-fermentativa a frio, seguida de fermentação em cubas inox com controlo de temperatura a 24ºC. Remontagem automática alternada com delestage. Cor granada, no nariz apresenta aromas a frutos silvestres e notas de caramelo e baunilha, fruto do estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Na boca é um vinho encorpado e aveludado, com final suave e persistente. Uma daquelas descobertas de projetos pequenos, mas muito bem estruturados e de qualidade. Acompanha bem pratos de carnes vermelhas e queijos de textura mole.

Giz, Vinhas Velhas, 2017

A Baga é a rainha da Bairrada e este Giz traduz tudo o que de bom se faz com esta casta nesta região. Um projeto novo, que nasceu entre a Serra do Buçaco e o mar. Oriundo de vinhas centenárias, a partir de castas autóctones plantadas em solos pobres e pedregosos, com um processo de intervenção na vinha e adega mínimo. Estagiou oito meses em barricas de carvalho francês, antes de rumar às garrafas. Nariz com aromas delicados de fruta vermelha madura e notas florais. Notas de cedro, madeira, moca, especiaria e musgo adicionam complexidade aromática. Na boca mostra ser um vinho elegante, repleto de mineralidade e afrescos. É um vinho profundo, longo e complexo com final de boca, cheio de elegância e caráter. Bebe-se muito bem com um risotto de cogumelos ou de espargos.

— Rosé —

Hugo Mendes, Rosé, 2020

Nascido e criado na Ribeira de Santarém, Hugo Mendes estudou Engenharia Biotecnológica, mas a paixão pelos vinhos falou mais alto. Desde a vindima de 2006 que se dedica por inteiro à enologia, tornando-se produtor em nome próprio na vindima de 2016, tendo para isso realizado o primeiro crowdfunding, em Portugal, para o financiamento de um vinho. Este Rosé, de 2020, foi a sua primeira experiência no Tejo, feito de Touriga Nacional, num processo de uvas prensadas inteiras, seguido de uma fermentação espontânea e estágio pouco interventivo. Vinho engarrafado sem estabilização ou filtração. Cor salmão clarinho, apresenta um aroma delicado, com certa sofisticação, evidenciando notas de groselha, romã e framboesa e ainda algumas ervas aromáticas. A acidez imperativa, assente em textura de aço, confere uma imensa frescura, que continua até ao final de boca longo e vibrante. Rosé com personalidade. Não é apenas um vinho de piscina e acompanha bem qualquer prato de massas.

Rosé Atlântico, 2020

Um projeto com apenas sete anos, com a primeira vindima a realizar-se apenas em 2015, mas de onde saem vinhos que são uma obra de arte. A escassos 15 km do Atlântico, entre Torres Vedras e Alenquer, no oeste português, está esta vinha, que ganha muita mineralidade e frescura. Um rosé diferente pela sua expressiva acidez, enorme frescura e uma salinidade tão marcada que o torna texturado. Uma leve cor salmão, volumoso e estruturado. Vindimadas à mão, as uvas são cuidadosamente selecionadas para caixas de 15Kg. Na adega dá-se uma prensagem suave de cachos inteiros, de forma a garantir a leve tonalidade salmão, seguida de fermentação com temperatura controlada entre 10/12º C. Ideal para pratos de peixe, marisco e saladas ou mesmo pratos de carnes brancas.

— Espumante branco —

Vale de Lobos, Espumante branco bruto, 2016

A capital do espumante em Portugal é Távora Varosa, mas há quem os faça em outras regiões nacionais, e muito bem feitos. Este é o caso da Quinta da Ribeirinha, na Póvoa de Santarém. Um espumante branco de 2016, elaborado pelo método tradicional. O vinho base foi produzido com controlo de temperatura, inoculado com leveduras selecionadas específicas para a produção de espumante e fermentou numa câmara frigorífica por três meses. Seguiu-se um estágio em garrafa até ao degorgement durante pelo menos 12 meses. De cor citrina, com bolha fina e persistente, este espumante elaborado pelo método tradicional champanhês apresenta um carácter frutado, onde os aromas a citrinos e a frutos secos se casam de forma exemplar, evidenciando grande complexidade, a par de uma boa acidez e macieza de boca. Não é só para brindar, experimente com uns queijos.