“Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos; era o tempo da sabedoria e o tempo da loucura; o tempo da crença e o tempo da incredulidade; a estação da luz e a estação das trevas; o cume da esperança e o inverno do desespero: tudo isto encontrávamos diante de nós”.
— “Um conto de duas cidades”, Charles Dickens
O que faz uma boa história é a pergunta que profissionais de áreas tão diferentes quanto os media, o marketing, a literatura, o cinema ou a política – apenas para referir alguns – fazem todos os dias.
E todos temos as nossas próprias respostas, ou aquelas que outros nos dizem que estão certas. Quem ambiciona tornar-se escritor, ouviu já de certeza a frase “escreve sobre aquilo que sabes (ou conheces)”. O que é verdade – e não é.
Os números são, muitas vezes, usados como uma espécie de tranquilizante num cenário que é de incerteza e variabilidade. E, na verdade, ajudam – nomeadamente no contexto do trabalho de comunicação, de marketing e de gestão de comunidades.
Saber, por exemplo, que segundo o Reuters Digital News Report, há 59% de inquiridos que afirmam preferir ver notícias em vídeo versus 41% que prefere texto, ajuda a entender tendências e a fazer escolhas.
O mesmo acontece quando sabemos que 74% usa o smartphone para aceder ao que se passa no mundo — isto para nos assustarmos de seguida, quando vemos que, em média, consultamos o nosso smartphone 250 vezes por dia.
Mas continuamos sem uma resposta única, taxativa, infalível sobre o que faz uma boa história.
E ainda bem. É esse o espaço que nos permite experimentar e criar. Se tudo fosse mensurável e meramente analítico, as boas histórias não teriam o poder que efetivamente têm de nos ligar uns aos outros, a ideias e a projetos que escolhemos deixar entrar nesse espaço cada vez mais disputado da nossa atenção.
Na MadreMedia, acreditamos que vivemos o melhor dos tempos e o pior dos tempos na aliança entre media e tecnologia, conteúdos e dados analíticos, pura inspiração e rigorosa análise.